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  • Foto do escritorDr. Bruno Burjaili

COVID E DOR DE CABEÇA


Duas publicações científicas recentes, de outubro e novembro, abordaram o que tem sido cada vez mais frequente no consultório: dor de cabeça (ou cefaleia) em pacientes que tiveram COVID. Os estudos sugerem que é um sintoma comum nos pacientes infectados (e pode ser o primeiro), que cada crise de dor tende a durar dias (mais do que 3 dias), que os pacientes costumam persistir com crises por semanas após a infecção (mais que 6 semanas) e que a dor, geralmente, não melhora com os analgésicos simples. A cabeça pode apresentar uma sensação de pulsação, de pressão, de facada; às vezes, lembra enxaqueca. A dor é mais comum em quem perdeu a capacidade de sentir cheiro ou gosto após o COVID (o que é chamado, respectivamente, de anosmia e ageusia), e poderia haver relação, também, com sintomas gastrointestinais. Curiosamente, pacientes com dor de cabeça tiveram uma evolução mais curta do COVID. Do ponto de vista imunológico, o grupo de pacientes com cefaleia, em um dos trabalhos, tinha níveis sanguíneos mais baixos e mais regulares de uma substância chamada interleucina 6 (IL-6), o que pode ajudar a entender a maneira como nosso organismo reage à presença do vírus, e porque o quadro clínico seria tão diferente entre os pacientes.


Artigos:

https://journals.sagepub.com/doi/full/10.1177/0333102420965157

https://thejournalofheadacheandpain.biomedcentral.com/articles/10.1186/s10194-020-01188-1


Música:

Buster Rides Again (Bud Powell)

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